Francisco Albano Boscatto

"Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens."

Textos


- Um dos membros da Comissão de Emancipação - que fazia parte da mesma não por ideal, mas visando um cargo na Intendência - ao saber que o Intendente, Cap. Joaquim Mascarello, necessitava  de um secretário, procurou-o e disse-lhe em dialeto mantovano: " Gioachin, scôltam, dàmal a mi quel post da secretàri li" (Joaquim, escuta-me, dá para mim esse posto de secretário). A esta interrogativa, o Capitão lhe disse: " Giuseppe (José), como posso dar-te esse cargo de secretário se és quase analfabeto e não conheces o idioma português?" Insatisfeito, José - também conhecido por "Giusfin" (Zezinho) - retornou a perguntar: "Ma lôra dim gìust, parquê, sèrvele le maquinete da scrìvar?" (Mas então diga-me certo, para que servem as maquininhas de escrever?).

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- Houve um caso em que um servidor público daquela época, ao ter que lavrar uma escritura pública de doação, cometeu uma gafe tremenda. O doador era dono de um pequeno lote rural, que seria passado para a Mitra Diocesana, com o objetivo de ser construído naquela propriedade uma capela em louvor às almas do purgatório. A Mitra, donatária, estava sendo representada pelo vigário da paróquia, e a escritura pública foi lavrada da seguinte maneira: "Saibam todos quantos esta pública escritura de doação virem, que no ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil novecentos.../  compareceram as partes entre si justas e contratadas, a saber: de um lado, como outorgantes doadores, o sr, fulano de tal e sua mulher beltrana de tal, e, de outro lado, como autorgadas donatárias  AS ALMAS DO PURGATÓRIO, aqui representadas por seu bastante procuradorm o Padre fulano de tal..."
 
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CLAUDINO ANTONIO BOSCATTO
Enviado por Francisco Albano Boscatto em 07/08/2012
Alterado em 07/08/2012


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